Se um ano fosse uma pessoa, seria inquestionavelmente grande. Para cima, para os lados (até mesmo porque trezentos e sessenta e cinco dias não caberiam em qualquer modelo magricela). Seria lento e pesado em alguns momentos, mas ágil e doce em raros outros. Se um ano fosse uma pessoa, não abriria sorrisos pra qualquer um, muito menos entregaria flores. Não faria gentilezas nem brigadeiros.
Foi aí que tal ano-pessoa viu tal Isadora nascer e se pegou ao nosso lado achando lindo como ela dormia. Depois que tal Isadora achou graça, de sorriso em sorriso o ano dançou, e gargalhou, e virou poesia. E, depois que Isadora bateu palmas, o ano virou festa e se encheu de balões de todas as cores.
A menina, de tão doce, fez o ano sorrir sem mais parar até transformá-lo em jujubas e quindins, e gargalhava percebendo como tudo ficou lindo depois que ela chegou.
E, depois que Isadora completou um ano, já havia tornado o ano tão feliz, que nem pensávamos em voltar ao ano-pessoa de trezentos e poucos dias atrás.
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