quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

(des) confiar

Postado por Djessyka às 16:10 6 comentários
Eu costumava achar que tudo tinha jeito, que um sorriso podia de fato mudar meu dia. Costumava achar que existiam pessoas inteiramente boas e que alguém podia mesmo mudar o mundo sozinho. Achava que tristezas podiam ser consertadas com um abraço e que se você abrisse seu coração pra uma pessoa, ela iria prestar atenção em cada palavra que você diz. Tolice minha. Não dá pra sair pela rua remendando o mundo e confiando em todos. Um par de mãos não mudam um par de cabeças, um abraço não coloca no lugar as roldanas de um coração, pobres corações.

sábado, 25 de dezembro de 2010

Lembranças

Postado por Djessyka às 17:13 3 comentários
Vestidinho com laço,
cabelos compridos.
Sapatinhos de fivela e expectativa.

arrancar sorrisos da garotinha mal humorada
Dedinho preso no cantinho da janela. E choro.
Gelo, colo. Sorrisos.

Coca cola no vestidinho novo.
copos de vidro verde.
Piano.

domingo, 19 de dezembro de 2010

E a cada dia que passou,

Postado por Djessyka às 06:23 7 comentários



Eu teria me esforçado mais pra gravar como foi exatamente cada momento,
mas eu ainda não sabia que tentaria revivê-los tantas vezes dias depois .

Onze anos não são onze dias. Devo muito a vocês pelo que eu sou hoje.



domingo, 12 de dezembro de 2010

vai, sol.

Postado por Djessyka às 14:53 9 comentários



Imagine o sol se pondo depois de um dia maravilhoso. Pense exatamente naquele momento em que a claridade ainda existe, mas você perde de vista o responsável por ela. O céu ainda não está escuro, mas a estrela gigante responsável pela luz sumiu do seu campo de visão.
A única certeza que você tem é que a escuridão vai chegando aos poucos, mas não sabe se amanhã vai ser tão maravilhoso como foi hoje.

Olhei em volta e meu sol eu não via mais. Ele resolveu brilhar pra alguém. Mais pra lá, bem longe de mim.

Vai, sol.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

vem criança,

Postado por Djessyka às 12:50 1 comentários



Vem, menina,
Vem, segura minha mão, eu sou a mesma ainda,
Fica aqui dentro de mim.
Eu quero ser você.


segunda-feira, 22 de novembro de 2010

E, com vocês,

Postado por Djessyka às 12:22 2 comentários

Tudo que eu fiz,
E os segredos que guardei,
..................Eu faria de novo.
E as brigas que comecei,
E as vitórias que dividi,
..................Certamente dividiria de novo.
E as lágrimas que derrubei,
Poderia, quem sabe,
..................Derrubá-las de novo.
Cada passo que eu dei,
E os que recuei,
................Lá eu estaria,
................................De novo.

Nada se faz de novo,
.................Faz-se novo então.

Mas não soltem minha mão,
......................Ainda não.

sábado, 16 de outubro de 2010

Coisas que só eu entendo...

Postado por Djessyka às 22:24 4 comentários




Era janeiro. Não havia ninguém. As ondas quebravam com paciência como se agradecessem por mais aquele finalzinho de tarde. Penso que seria em vão já que elas trabalhariam durante a noite também...
Agora tinha uma menina.
Não sei exatamente o que ela estava tentando esconder, mas quanto mais ela tentava, mais claro ia ficando o quebra-cabeça daquele coração.

Tentei montar.

Enquanto eu me esforçava pra enxergar as peças através dos olhos frágeis da menina, ela me tirava certa dúvida que tive há um tempo atrás: Aprendi com ela que as pessoas que se importam com a gente de verdade podem ver tudo o que passa pela nossa cabeça- Mas elas enxergam através dos nossos olhos.
Volto pra menina.
Enquanto ela andava pela beira do mar, bem ali onde a água alcançava seus pés, dava quase pra vê-la em metades, na verdade, eu podia mesmo vê-la em metades.

Ela tinha olhos, mas estavam no chão.

Seu pensamento de repente cessou e ela apertou os olhos pra enxergar certa mancha que caminhava pela areia, em sua direção.
A menina preferiu fitar o chão quando a mancha decidiu tomar a forma de uma senhorinha, assim, ela não precisaria se quer cumprimentá-la. Friamente, calculou alguns passos até ter certeza de que estava longe o suficiente de ter que dar qualquer sorriso para a figura desconhecida, mas notou a frustração da tentativa quando sentiu os dedinhos leves da senhorinha em um de seus ombros. A menina não sorriu, mas a velhinha, com uma doçura indescritível, sorriu pelas duas.
Não sei dizer ao certo quem era aquela senhora, mas me parece que ela havia esperado por aquele encontro há anos. Seus olhos cansados contavam alguns pedacinhos de histórias incompletas. Não pude afirmar nada porque ela tinha muito mais escondido no coração.
A senhorinha olhou nos olhos da menina, derrubou algumas lágrimas e lhe entregou uma caixinha. A menina ameaçou um sorriso ao abrir o presente, agora ela parecia melhor. Fez questão de dar um sorriso completo e olhar nos olhos molhados da senhorinha. Não sei, mas o sorriso estampado no rosto da menina me deixava feliz. Sorri com ela.

Respirei fundo.
Notei que havia fechado os olhos por alguns minutos. E o sorriso desapareceu.
Ele nem tinha aparecido. Nada tinha aparecido:
A menina continuava triste fitando os próprios pés, não havia presente, não havia senhorinha. Havia apenas a menina, a menina de olhos baixos.
Continuei olhando pra ela, acompanhando seus passos e suas paradas.
Continuei montando e remontando o que os seus olhos desmontavam,

Olhei minhas mãos.

Nelas havia uma pequena caixa, da qual eu não fazia idéia do conteúdo. Não pensei duas vezes: Corri em direção a menina e coloquei a caixinha em suas mãos, ela deu aquele sorriso que eu tanto adorei minutos atrás, me abraçou e disse que voltaria assim que eu precisasse daquele presente.

Não perguntei. Eu não disse nada.
Esperei ela sumir no horizonte com a caixa nas mãos.
Eu não fazia idéia do que havia dentro dela,
mas a menina me disse que devolveria assim que eu precisasse.

Não sei porquê,
Mas eu confiei nela.

Eu confio nela.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Postado por Djessyka às 18:54 3 comentários


Eu acordei deitada no nada, não sabia que horas eram, e nem o que eu fazia naquele lugar horrível. Olhei desesperada em volta e não conseguia colocar as coisas em ordem. O cheiro era cinza e a cor era fria. Minha casa não estava mais sobre a minha cabeça, de onde nunca deveria ter saído, aliás as casas não estavam mais lá. Só aquele galpão imenso na minha frente.
Todas as pessoas que eu mais amava entravam naquele lugar com bolsas pequenas, ninguém entrava feliz, mas todos faziam questão de estar la dentro.
Eu não podia ficar ali parada soluçando pra sempre um choro que não saía: Levantei e corri até a porta. Estavam mesmo todos lá, todos acomodados como podiam dentro de um trem.
Era incrível como o cinza lá de fora parecia claro quando comparado com a escuridão que estava dentro do galpão. Não importou a escuridão, eu reconheci cada rosto dentro daquele trem, eu enxergava mais e mais cada olhar que a escuridão tentava engolir.
Eu não sabia pra onde iam, mas entendi que não era bom quando notei os olhos que não encontravam um pingo de sentido naquilo tudo. Eu precisava ir também. Enxuguei as lágrimas que agora sim saiam descontroladamente e corri pra entrar naquele trem quando senti que uma mão me puxou pelos cabelos. Desequilibrei. Recebi um "Não" que doeu mais que qualquer tapa que tivesse levado. O homem que vestia preto não me deixou entrar no trem e eu tinha que ficar. Chorei, ajoelhei, implorei, e ele não disse nada, não se comoveu. Não cedeu.

O trem partiu sem mim.
Enquanto partia reconheci mais alguns olhares que eu amava.
Decidi correr pelos trilhos o máximo que eu podia,
perdi meus sapatos.

Não poderia parar, não ali, mas os trilhos estavam queimando meus pés descalços enquanto eu lutava pra não sentir nada daquilo. Eu tive que admitir,
Fiquei pra trás.

Lágrimas de desespero tornaram-se lágrimas de alívio num passe de mágica quando eu acordei de novo, dessa vez com a minha casa e tantas outras coisas exatamente onde deveriam estar.
Não fiz questão alguma de entender.
Ninguém vai a lugar algum.

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Postado por Djessyka às 09:08 2 comentários




Acho qu'eu sou um rosto na multidão. Daqueles bem iguais.
Acho qu'eu sou só mais uma menina de calça jeans qu'escreve sobre revolução sem capacidade de mudar o próprio nome. Sou um número. Um RG. Um sobrenome.
Um sobrenome, sobrenome, sobrenome que se une com outro sobrenome, sobrenome, sobrenome, que pára de caminhar pra admirar... Um sobrenome.
Eu paro com o mundo pra elogiar um sobrenome que não é meu. Nem deles. É um RG que se destacou e ganhou milhares de RG's admiradores.
Eu tentei encontrar meu rosto no meio da multidão de rg's. Tentei enxergar e m'encontrar, eu queria ver se havia destaque, e não havia. Não havia mesmo.
Ah, se eu fosse bonita o suficiente poderia destacar meu sobrenome vestindo marcas famosas e andando nas passarelas com passos impecáveis lançando novidades pra quem quisesse aderí-las.
S'eu tivesse talento suficiente sairia esbanjando vozes e acordes pra quem quisesse ouví-los e repetí-los cantarolando por aí.
Ou quem sabe se eu fizesse cestas e gols me destacaria nas bandas de lá.
Se eu soubesse poderia pintar quadros e vendê-los por aí pelo mundo.
S'eu eu fosse um gênio poderia ter desenvolvido a cura pra doenças incuráveis e ter colocado meu sobrenome na fórmula curadora, que honra.
Acho que tudo isso não dá certo pros desajeitados, nem pros tortos, para os ansiosos, nem para os inseguros. Muito menos para os fracos.
Não me importo em enfrentar filas ou ser mais uma falsa revolucionária na multidão.
Eu ainda penso, ainda sinto, fraquejo. Choro, canto.

Ontem os famosos sobrenomes entraram em campo, fizeram um gol e levaram dois.
Voltaram pra casa e o Brasil abaixou a cabeça.

Mas as crianças "anônimas" continuam brincando aqui na rua de casa
entre sorrisos anônimos correm por aí. Não desapontam ninguém.


sábado, 19 de junho de 2010

Pra não estragar tudo

Postado por Djessyka às 13:04 4 comentários
Eu prometo que vou vou tentar arrumar umas coisinhas.


1. Rir mais
2. Trocar as fotos do meu quarto
3. Sorrir de manhã.
4. Estudar matemática
5. Me importar menos com o que pensam de mim
6. Pedir desculpas.
7. Tirar fotos
8. Dar um abraço
9. Cumprimentar os vizinhos
10. Ver o pôr do Sol
11. Gravar o CD da Anitra
12. Ligar mais pro meu irmão.
13. Aprender com meu pai o finzinho daquela música

terça-feira, 15 de junho de 2010

Sombra

Postado por Djessyka às 08:04 4 comentários


Vou engolir mais algumas frases.
Ah, Deus sabe como é difícil engolir uma frase inteira.
Quando passar a fazê-lo com facilidade, eu prometo,
viro uma sombra.

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Pêssegos

Postado por Djessyka às 20:09 5 comentários
Tô chegando na bifurcação.
Os "sacudidores de palavras" estão sempre aqui e ali -
prontos pra lançar emaranhados de letras, como se fossem pêssegos.

Alguns pêssegos eu ignoro, e fico feliz em fazê-lo.
Eu sei que poderia pegá-los no ar,
e arremessá-los com toda força se não fosse tão desajeitada.
Algumas vezes eu consigo agarrá-los, mas por que eu arremessaria?

Tantos desses pêssegos arremessados sem dó já me acertaram em cheio.
Alguns te derrubam e te deixam com os joelhos ralados,
Outros podem te levantar do pior tombo da sua vida.
Tudo depende da maneira de como eles chegam a você.

Vou guardar os meus melhores pêssegos e entregá-los a vocês, amigos,
Por me defenderem e por me ajudarem a jogar os piores pêssegos naqueles que mereciam.
Mas vou cuidar pra não sair jogando pêssegos ruins em qualquer um.
Eles marcam pra sempre.

sábado, 17 de abril de 2010

Mulher

Postado por Djessyka às 11:39 7 comentários
Passei a entender pessoas discutindo política. Homens gordos que falam sobre Fundo Monetário Internacional e tomam cerveja na varanda, não falam mais grego enquanto eu arrasto minhas bonecas pela casa: Eu já sei traduzir tudo o que eles estão falando.
Posso entender quando a discussão é religião (mesmo sendo inviável). Aprendi que não preciso mais ter medo de passar no vestibular porque ninguém vai raspar minha cabeça.
Os amigos do meu pai não fingem mais que estão roubando meu nariz. Tô cada dia mais estranha, tô cada dia mais mulher.
Entendo piadas de adulto. Leio jornal, minto que gostei do presente, sento de pernas cruzadas. Engulo o riso.
Me falta pouca coisa pra terminar de ser mulher: Usar salto e comprar maquiagem, talvez. Eu poderia pintar as unhas de vermelho.

Sei que preciso abaixar a cabeça,
E aprender a disfarçar meus olhos quando enchem de lágrimas.
E assim que conseguir colar meus olhos no chão,
Virarei mulher.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Casa- coração

Postado por Djessyka às 13:22 13 comentários
Já ao entrar no portão de casa notei a grama por fazer. Digo por fazer, mas na verdade havia meses que ninguém fazia questão de cortá-la. Julgando com os olhos, a calçada que me levava até a porta de casa não era lavada a muito mais tempo: Tinham incontáveis pegadas de barro misturadas com a sujeira das rodas dos carros que ali estacionavam. A situação do carro na garagem era lamentável: Continuava fácil esboçar qualquer obra de arte na generosa camada de pó que o cobria por completo.

Pobres plantinhas, secas, sem um pingo d'água.

Entrei pela porta da cozinha onde montes e montes de louça suja descansavam sobre a pia, pedindo a piedade de quem passasse por ali. Haviam panelas engorduradas por toda parte. Na mesa, o resto do almoço de hoje misturava-se com alguma louça do almoço de ontem, que já não cabia mais naquela pia. Frutas podres gritavam por socorro enquanto mosquitinhos rodeavam e multiplicavam-se em sua podridão. Perdi a fome.

Resolvi descansar na sala até a hora de sair de novo. Ela fedia mofo. Quanto tempo fazia que não abríamos aquelas janelas? Me perdi nas contas. E quem ainda tinha feito o favor de comer na sala? Tropecei num copo.
Já não lembro mais o que tem nos quadros porque há quanto tempo não vejo aquelas luzes acesas. Os enfeites da estante... Cada um com seu significado... Cobertos de pó: Irreconhecíveis!

Claro que pelo corredor havia evidências de uma tentativa de limpeza: Um pano sujo largado em alguns cantos me mostrava isso, mas nem fiz questão de tirá-los de lá.

Desanimei.

Quando acendi a luz do meu quarto vi papéis por toda parte. A cama não é arrumada há dias, e minhas notas baixíssimas, todas beirando o zero, estavam jogadas algumas aqui, outras mais pra lá.
Na verdade, a bagunça das minhas coisas dentro do meu próprio quarto era o que mais me incomodava. Ao mesmo tempo, era onde eu tinha menos coragem de ameaçar a arrumação: Se eu tirar algo errado do lugar sozinha, arrisca ficar ainda mais errado. Sozinha não.
Sozinha, eu não tenho nem por onde começar.

Só cabia eu. Meu ego e eu.
Não tinha motivos pra arrumar já que ninguém olharia para dentro. Da minha casa, do meu quarto, de mim. Da casa-coração.


terça-feira, 6 de abril de 2010

Postado por Djessyka às 17:51 3 comentários


Dei um nó na minha cabeça, daqueles bem difíceis de desatar.

Se não dá pra desfazer o nó, vou continuar escrevendo com as idéias "enózadas".
Quanto mais nós desenterrar, mais difícil pra se entender. Não que estejam pra baixo da terra, mas se eu te emprestasse meus olhos por cinco minutos você poderia enxergar o mundo da mesma maneira que eu: Cheio de nós. Mas se eu fosse você, não tentaria desatar nenhum. Viso que é muito mais divertido enxergar o mundo assim, porque dá enxergar a beleza de um nó de sorrisos, misturada com nós de simplicidade, aí dá pra amarrar bem forte com outro nó. Quanto aos nós de sorrisos, eu posso amarrar um a um, de um jeito estranho, que não dá pra esquecer.
Dá pra desatar o nó da beleza do torto;
Da beleza do errado;
Da beleza do estranho;
Do que não sorri;
Amarrar todos com um único nó, e quando separá-los novamente cada um vai ter a beleza da própria essência. Acredite: Estamos vendo sentimentos de um jeito bem mais divertido. Agora eu te ajudo a amarrar tudo aquilo que você gosta, por mais que seja torto e estranho. Por mais que os outros te julguem errado. Por mais que eu te julgue errado. Seus nós têm sua própria forma. Enforque-me com um deles se precisar, mas você vai ter que desatar pelo menos um dos seus nós favoritos pra fazer isso. Nós que enforcam e revivem não viram mais você e eu. Nós. Apenas.

sábado, 27 de março de 2010

Interação social vs. Preconceito.

Postado por Djessyka às 14:32 2 comentários

Como domingo passado foi o dia Internacinal do reconhecimento de portadores de síndrome de Down, eu resolvi postar a idéia de um casal britânico, que tem minha total reprovação.

Um cirurgião plástico britânico, Lawrence Kirwan, e sua mulher tiveram uma filhinha portadora de síndrome de Down, que recebeu o nome Ophélia.
Quando a garotinha completou dois anos os pais decidiram que haveria uma cirurgia plástica quando a menina completasse dezoito. Eles justificaram dizendo que ela precisa "sentir-se mais aceita pela sociedade" e "aumentar sua auto-estima".
A idéia principal é diminuir a língua e modificar os olhos.

É preciso uma aparência "normal" para ser integrado socialmente?
A meu ver, isso não passa de pais com vergonha de exibir a própria filha em público.

Vaidade.

Espero que quando a pequena Ophelia completar dezoito anos, esses pais tenham aprendido tanto com ela a ponto de desistir dessa idéia.

sábado, 20 de março de 2010

Porta-Trecos

Postado por Djessyka às 15:50 5 comentários



Quando pequena, eu guardava joaninhas numa garrafa com vários furinhos pequenos para que não ficassem sem ar, pelo simples fato de achar tão lindos aqueles bichinhos coloridos, eu queria que fossem só meus. Guardar só pra mim virou mania. Meus desenhos preferidos também ficavam em uma caixinha, eu gostava tanto deles que queria tê-los pra sempre.

Ah, como era fácil guardar em potinhos, caixinhas e vidrinhos todas as coisas que eu mais gostava.
Agora, não preciso mais guardar joaninhas, desenhos, ursinhos ou bonecas. E amigos não cabem em caixinhas e em nenhum potinho com tampa.
Amigos não têm uma classificação geral sobre qual caixinha colocá-los por serem completamente diferentes.

Por mais que eu morra de vontade, eu não posso trancar vocês em um vidrinho e forçá-los a não fazer outros amigos, ou a seguir estradas que levem vocês pra longe de mim. Eu não posso impedí-los de morar fora do país porque não tenho como guardar seus sonhos num cofrinho com chave. O que eu posso fazer é desejar de todo coração que tudo o que vocês fizerem na vida dê certo!

Eu pude cuidar das joaninhas na garrafa. Quanto a nós, só a vida poderá dizer o que vem pela frente.

Eu amo vocês.

quinta-feira, 11 de março de 2010

Trocar de Olhos

Postado por Djessyka às 13:26 8 comentários




A menininha vinha frequentando aulas de inglês há algum tempo. Eu nem sabia seu nome, mas já ouvira a pequena arriscando um inglês muito bonitinho. 
Com a tarefa concluída, a menina de no máximo oito anos não aguentou ficar parada, arrastou uma lousa e começou a desenhar.

Não demorou muito pra que ela fosse até mim e cochichasse: "What's your name?" Respondi, deixando a criança sem graça por não saber escrever. Fui até o quadrinho pra escrever meu nome e, a nossa turma, que não é grande, estava toda representada por bonecos de palitos com seus respectivos nomes, faltando o meu na última bonequinha. Acima dos bonequinhos dizia: "My Friends of the English Class" e embaixo, com letras garrafais "FRIENDS". Friends... Amigos! Eu tinha uma amiga e nem sabia!


Érica, esse era o nome da minha amiga. Ela via como amigos pessoas que encontrava duas vezes na semana. Eu quis saber o que ela pensava sobre as outras coisas, outros assuntos. Quis enxergar como criança. Talvez só trocando meus olhos. 

sexta-feira, 5 de março de 2010

Faça Seu Próprio Sonho

Postado por Djessyka às 15:09 1 comentários


"Se você quer salvar o Peru, vá salvar o Peru. É bem possível fazer alguma coisa, mas não dotá-lo de líderes ou parquímetros. Não espere que Jimmy Carter ou Ronald Reagan ou John Lennon ou Yoko Ono ou Bob Dylan ou Jesus Cristo venha e faça por você. Você tem de fazê-lo sozinho. É o que os grandes mestres têm dito desde que os tempos começaram. Eles podem apontar o caminho, deixar indicações e instruções em variados livros que são chamados de sagrados e venerados por suas capas, e não por aquilo que dizem, mas as instruções estão por aí para que todos as vejam. Sempre estiveram e sempre estarão. Não há nada de novo sob o sol. Todos os caminhos levam a Roma. E as pessoas não podem fazê-lo por você. Eu não posso te despertar. Você pode se despertar. Eu não posso te curar. Você pode se curar."
(John Lennon)

segunda-feira, 1 de março de 2010

2010

Postado por Djessyka às 08:49 1 comentários

Crianças paquistanesas escrevem "Paz 2010" na areia da praia de Clifton em Karachi.




 

Bela Sopa Template by Ipietoon Blogger Template | Gadget Review